Um preconceito é uma avaliação mental inconsciente de um objeto, grupo de pessoas ou situação específica, que deriva não de contato direto ou experiência, mas de uma consideração prévia, que muitas vezes distorce a percepção do que está sendo prejulgado. Em outras palavras, é um juízo prévio, geralmente de natureza hostil ou negativa, baseado em preconceitos afetivos e infundados, em vez de experiências diretas.

Tais preconceitos estão em geral embutidos na cultura dominante de uma sociedade, reforçando paradigmas de exclusão e superficialidade em relação a grupos minoritários ou a indivíduos pertencentes a eles. Quando isso acontece, podem ocorrer dinâmicas de instabilidade social e confronto, caso o preconceito ganhe terreno e se torne uma prática social, política e/ou cultural excludente.

A atividade "Tudo é inventado" tem como objetivo quebrar estereótipos e preconceitos ligados a diferentes países e nacionalidades e, no entanto, buscar as contribuições que esses países fizeram em vários campos. Propomos que seja uma atividade coletiva para toda a escola, de modo que todos os alunos colaborem em um mural final no qual o trabalho deles seja demonstrado.

A princípio, o professor falará sobre os estereótipos ou preconceitos que todos nós temos sobre outras nacionalidades, grupos étnicos, religiões, raças..., mas também sobre nossos próprios colegas de classe, com expressões como: "este é um nerd, este cara é legal", sem tentar ir mais fundo.

Então, focalizando os estereótipos por país, o seguinte artigo pode ser útil para estudantes dos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio.

https://www.geografiainfinita.com/2016/02/el-mundo-y-sus-paises-vistos-desde-los-mapas-de-estereotipos/

Nessa redução do mundo por estereótipos, muitos detalhes ficam pelo caminho; cinzas que se perdem no emaranhado de ideias simplificadas. Em outros momentos caímos em desqualificações fáceis. O artigo é uma crítica bem humorada de como caímos em preconceitos infundados e generalistas.

Em seguida, pediremos aos estudantes que invertam essa percepção, procurando exemplos de contribuições de diferentes países; invenções, avanços, pessoas que já serviram em diferentes esferas sociais. Em grupos, os meninos e as meninas terão de procurar exemplos positivos de contribuições de um país ou de países e apresentá-los aos demais da classe. Em conjunto, todos os grupos decidem qual é a melhor contribuição do país para o mundo.

Se essa atividade for realizada em toda a escola, sugerimos a seguinte divisão:

• Ensino fundamental (1º ano ao 5º ano): Europa
• Ensino fundamental (6º ano ao 9º ano): América
• Ensino médio (1º e 2º ano): África
• Ensino Médio (3º ano): Ásia

Pode ser dividido, designando um país a cada classe para que as contribuições não se sobreponham. Cada uma dessas contribuições será então colocada em um mapa coletivo (sugerimos um mapa de projeção de Peters, para torná-lo presente na escola) que será colocado em um lugar visível no pátio. De cada país com o qual se tenha trabalhado, aparecerá uma seta e uma caixa com as seguintes informações:

• Nome do país
• Contribuição
• Pessoa
• QR com mais informação sobre a contribuição
• Foto (se possível)

Dessa forma, mudaremos a visão do mundo e das nacionalidades e buscaremos juntos os aspectos positivos de cada um deles, além de tê-los em mente para que os demais estudantes, professores, funcionários da área administrativa e de serviços e as famílias possam conhecer tais contribuições.

Esta atividade é parte da Campanha de Solidariedade 21-22.